segunda-feira, 26 de maio de 2014

Metodologia executiva

Uma vez locados os pontos dos Tubulões no terreno, inicia-se a escavação do fuste, com técnica mecanizada, sendo através de perfuratriz de solo, onde o equipamento é patolado e no ponto determinado se inicia a escavação através de hélices até a profundidade prevista em projeto.

Após término da escavação pela perfuratriz, o solo no qual se apoiará o Tubulão é inspecionado por um poceiro que também averigua a integridade do perímetro da parede do solo para dar início ao alargamento da base do Tubulão. Realiza-se o alargamento manualmente da base do Tubulão tendo uma forma final de tronco de cone. Pois, com esta técnica manual se evita o rompimento do equilíbrio da estrutura do terreno.

Terminado o alargamento da base, o fiscal examina o terreno de suporte do Tubulão em toda sua área de contado, verificando desta forma sua homogeneidade e tipo de solo encontrado, realizado com penetrômetro de barra manual.

Liberado o Tubulão para concretagem, a boca do fuste é protegida contra a entrada de água, e inclusive as de chuva, com madeira e areia média.

A armadura do fuste é colocada de modo a permitir a concretagem adequada da base, com aberturas na armadura bem espaçadas e se atentando nesta operação para não permitir torrões de solo cair para dentro do Tubulão.

A concretagem é executada por caminhão betoneira no lançamento da superfície do terreno, através de funil, não sendo necessário o uso de vibrador já que o concreto tem plasticidade suficiente para assegurar a ocupação de todo o volume da base e fuste. A concretagem é realizada até a cota de arrasamento deixando expostas as ferragens para serem engastadas no bloco de coroamento.

O concreto a ser utilizado nesta técnica deve ter um consumo de cimento não inferior a 300 kg/m³, slump entre 8 e 12 cm, agregado graúdo de diâmetro máximo de 25mm (brita 2) e fck ≥ 20MPa aos 28 dias. E os corpos de prova devem ser moldados e ensaiados conforme norma.

Para uma boa qualidade dos serviços deve-se preencher uma ficha de controle para cada tubulão, devendo conter:


a)    Identificação da obra e local, nome do contratante e executor;
b)    Data e horário do início e fim da escavação e da concretagem;
c)    Identificação ou número do tubulão;
d)    Cota do terreno;
e)    Dimensões do fuste e da base;
f)     Profundidade ou cota de apoio da base;
g)    Especificação e certificação dos materiais e insumos utilizados;
h)    Consumo de materiais por Tubulão;
i)     Volume de concreto real e teórico;
j)     Anormalidades de execução, quando aplicável;
k)    Observações pertinentes, quando aplicável.

Conclusão

Pelas visitas realizadas em campo conseguimos averiguar na prática a execução de fundações tipo tubulão conforme teoria apresentada em sala de aula. 
Os resultados obtidos foram de suma importância em sua área de aplicação, o que permite incluí-lo as práticas empíricas de engenharia de fundações atuais. Também, constata-se que é preciso um estudo aprimorado antes da implantação da fundação de um edifício, pois é necessário avaliar a viabilidade, tanto no quesito técnico e econômico dos mesmos, uma vez que mesmo com solo idêntico outros tipos de fundações diferentes podem tornar uma solução totalmente inviável.

domingo, 25 de maio de 2014

Fotos das visitas











































Visita à obra

 Foto 01: Detalhe de projeto, armadura de fretagem.

Quando o pilar é inserido diretamente no tubulão, sem o bloco de coroamento, é inevitável o aparecimento de tensões de tração no topo do mesmo. Por esse motivo, inclui-se um sistema de armaduras chamada fretagem.


 Foto 02: Armadura de fretagem posicionada.

A armadura de fretagem é constituída por malhas ortogonais, inseridas no sentido horizontal no topo dos elementos, lançadas de acordo com a solicitação dos esforços.


 Foto 03: Abertura escavada para bloco de coroamento.

A abertura para o bloco de coroamento é escavado manualmente, de acordo com as medidas previstas no projeto de fundação.



Foto 04: Arrasamento do tubulão.

A cabeça do tubulão deve ser escarificada e limpa de modo a atingir a cota de arrasamento prevista em projeto, além obter uma superfície rugosa melhorarando a aderência entre o tubulão e o bloco. Esse processo deve ser feito antes da concretagem do bloco de coroamento.


Foto 05: Posicionamento da armadura do bloco de coroamento.

A armadura do bloco de coroamento, já cortada e amarrada, é posicionada dentro da abertura mantendo o espaço para a cobertura de concreto.


Foto 06: Bloco de coroamento concretado com arranques para os pilares.

O bloco de coroamento deve ser concretado com a armadura de arranque para os pilares como ancoragem. 
Ancoragem é a fixação da barra no concreto, para que ela possa ser interrompida. Na ancoragem por aderência, deve ser previsto um comprimento suficiente para que o esforço da barra (de tração ou de compressão) seja transferido para o concreto. Ele é denominado comprimento de ancoragem.


 Foto 07: Bloco de coroamento para 6 tubulões.


A 3ª visita a esta obra foi realizada no dia 21/03/2014, com o acompanhamento do técnico residente.

segunda-feira, 12 de maio de 2014

Visita à obra


Foto 01: Canteiro de obra.

Foto 02: Concretagem.

A concretagem da base e do fuste deve ser realizada após a liberação da cota de apoio, verificação das tolerâncias de execução dimensões do poço, como: profundidade, alargamento da base,  e ainda o tipo de solo na base. Certifica-se, também, se os poços estão limpos.

Foto 03: Concretagem.

O concreto a ser utilizado na concretagem do fustes, assim como o preenchimento das bases deve ser dosado para obter a resistência característica determinada pelo projeto. A concretagem é feita lançando-se o concreto (diretamente do caminhão betoneira, em caso de utilização do concreto usinado) de modo a evitar que o mesmo bata nas paredes do  tubulão e se misture com o solo, prejudicando  a concretagem.

Foto 04: Concretagem.

O concreto se espalhará pela base pelo próprio impacto de sua descarga, porém, durante a concretagem, é conveniente sua interrupção de vez em quando e descer com o mangote do equipamento de vibração para espalhá-lo, de modo a evitar que fiquem vazios na massa de concreto.

Foto 05: Concretagem.

Foto 05: Corpos de prova do concreto utilizado na fundação.

A resistência característica a compressão deverá ser comprovada através de rompimento de corpos de prova conforme norma NBR 5739/94 da ABNT.


Foto 06: Ancoragem.



A 2ª visita a esta obra foi realizada no dia 15/03/2014, com o acompanhamento do técnico residente.